Tribunal condena Messi a 21 meses de prisão por fraude fiscal
A Suprema Corte da
Espanha negou recurso apresentado por Lionel
Messi e ratificou uma condenação de 21 meses de prisão para o craque do Futebol Club Barcelona por fraude fiscal, segundo relatos dos principais jornais
espanhóis. O pai e empresário do jogador, Jorge
Horácio Messi, teve sua pena reduzida de 21 para 15 meses de detenção. Os
dois também foram multados em 2 milhões de euros (cerca de 7 milhões de reais)
em uma decisão de julho do ano passado.
No entanto, é esperado que nem Messi nem seu pai sejam
presos, já que, de acordo com a lei espanhola, sentenças menores a dois anos de
pena podem ser cumpridas em liberdade por pessoas sem antecedentes criminais.
Messi e seu pai e agente são acusados de fraudar o fisco
espanhol em 4,16 milhões de euros (cerca de 17 milhões de reais). Pouco antes
de viajar aos Estados Unidos para a Copa
América Centenário de 2016, o craque do Barça depôs na Espanha e disse que
jamais tomou conhecimento de qualquer irregularidade.
''Eu me dedicava a jogar futebol, confiava no meu pai e em
meus advogados e não tinha ideia de nada'', afirmou Messi, reafirmando discurso
similar usado pela sua defesa no início da investigação em 2013. ''A única coisa
que sabia é que assinávamos acordos com determinados patrocinadores, por uma
quantidade determinada de dinheiro e eu tinha de fazer anúncios, fotos e coisas
do tipo, mas sobre o dinheiro e para onde ia eu não sabia nada''.
Pai e filho são acusados de cometer evasão fiscal entre 2007
e 2009, com a utilização de uma série de empresas no Reino Unido, na Suíça, em
Belize e no Uruguai para receber os direitos de imagem, evitando assim o
pagamento de impostos. Durante esses anos, Messi assinou contratos de
patrocínio com marcas como Adidas, Konami, Pepsi e Danone em nome
de uma empresa no Uruguai, Jenbril,
que pertencia a ele e à qual cedeu a gestão de seus direitos.
De acordo com o jogador, o emaranhado de empresas foi
elaborado por um escritório de advocacia de Barcelona que prestava assessoria à
família na área fiscal e que mantinha contato apenas com seu pai. ''Eu confiava
nele e os advogados nos diziam que fizéssemos desta maneira'', disse, na
ocasião.